Ilustração de Anita Jeram in Adivinha quanto eu gosto de ti"A Pequena Lebre Castanha, que se ia deitar, agarrou-se bem agarrada às orelhas muito compridas da Grande Lebre Castanha. Quis ter a certeza de que a Grande Lebre Castanha estava a ouvir.
- Adivinha quanto eu gosto de ti - disse ela.
- Ora bem, acho que não consigo adivinhar isso - disse a Grande Lebre Castanha.
- Gosto assim - disse a Pequena Lebre Castanha, esticando os braços o mais que podia. A Grande Lebre Castanha tinha uns braços ainda maiores. Mas eu gosto de TI assim - disse ela.
«Humm, é muito», pensou a Pequena Lebre Castanha.
- Gosto de ti esta altura toda - disse a Pequena Lebre Castanha.
- E eu gosto de ti esta altura toda - disse a Grande Lebre Castanha.
«É mesmo alto», pensou a Pequena Lebre Castanha. «Quem me dera ter uns braços assim.»
Então a Pequena Lebre Castanha teve uma boa ideia. Fez o pino, encostada ao tronco muito esticadinha.
- Gosto de ti até à ponta dos pés! - disse ela.
- E eu gosto de ti até à ponta dos teus pés - disse a Grande Lebre Castanha, fazendo-a girar por cima da cabeça.
- Gosto de ti até onde eu consigo SALTAR! Riu-se a Pequena Lebre Castanha, dando pulos e mais pulos.
- Mas eu gosto de ti até onde eu consigo saltar - sorriu a Grande Lebre Castanha, e saltou tão alto que as orelhas tocaram no ramo da árvore.
«Isto é que é saltar», pensou a Pequena Lebre Castanha. «Quem me dera saltar assim.»
- Gosto de ti o caminho todo até ao rio - gritou a Pequena Lebre Castanha.
- E eu gosto de ti até depois do rio e dos montes - disse a Grande Lebre Castanha.
«É mesmo longe», pensou a Pequena Lebre Castanha. Tinha tanto sono que já quase nem conseguia pensar. Então olhou para além das moitas, para a grande noite escura. Nada podia ser mais longe do que o céu.
- Gosto de ti até à LUA - disse ela, e fechou os olhos.
- Ora, se isso é longe - disse a Grande Lebre Castanha. - É mesmo, mesmo longe.
A grande Lebre Castanha deitou a Pequena Lebre Castanha na caminha de folhas. Inclinou-se e deu-lhe um beijo de boas-noites.
Depois deitou-se muito pertinho e murmurou sorrindo:
- E eu gosto de ti até à Lua... E DE VOLTA ATÉ CÁ ABAIXO."
- Adivinha quanto eu gosto de ti - disse ela.
- Ora bem, acho que não consigo adivinhar isso - disse a Grande Lebre Castanha.
- Gosto assim - disse a Pequena Lebre Castanha, esticando os braços o mais que podia. A Grande Lebre Castanha tinha uns braços ainda maiores. Mas eu gosto de TI assim - disse ela.
«Humm, é muito», pensou a Pequena Lebre Castanha.
- Gosto de ti esta altura toda - disse a Pequena Lebre Castanha.
- E eu gosto de ti esta altura toda - disse a Grande Lebre Castanha.
«É mesmo alto», pensou a Pequena Lebre Castanha. «Quem me dera ter uns braços assim.»
Então a Pequena Lebre Castanha teve uma boa ideia. Fez o pino, encostada ao tronco muito esticadinha.
- Gosto de ti até à ponta dos pés! - disse ela.
- E eu gosto de ti até à ponta dos teus pés - disse a Grande Lebre Castanha, fazendo-a girar por cima da cabeça.
- Gosto de ti até onde eu consigo SALTAR! Riu-se a Pequena Lebre Castanha, dando pulos e mais pulos.
- Mas eu gosto de ti até onde eu consigo saltar - sorriu a Grande Lebre Castanha, e saltou tão alto que as orelhas tocaram no ramo da árvore.
«Isto é que é saltar», pensou a Pequena Lebre Castanha. «Quem me dera saltar assim.»
- Gosto de ti o caminho todo até ao rio - gritou a Pequena Lebre Castanha.
- E eu gosto de ti até depois do rio e dos montes - disse a Grande Lebre Castanha.
«É mesmo longe», pensou a Pequena Lebre Castanha. Tinha tanto sono que já quase nem conseguia pensar. Então olhou para além das moitas, para a grande noite escura. Nada podia ser mais longe do que o céu.
- Gosto de ti até à LUA - disse ela, e fechou os olhos.
- Ora, se isso é longe - disse a Grande Lebre Castanha. - É mesmo, mesmo longe.
A grande Lebre Castanha deitou a Pequena Lebre Castanha na caminha de folhas. Inclinou-se e deu-lhe um beijo de boas-noites.
Depois deitou-se muito pertinho e murmurou sorrindo:
- E eu gosto de ti até à Lua... E DE VOLTA ATÉ CÁ ABAIXO."
Adivinha quanto eu gosto de ti, Sam McBratney
Porque partilhar boas histórias é bom... cá ficou, para mim, a história das histórias...
Boas semanas! :)
P.S. Vou fazer umas pequenas férias no meu espaço de escrita!:) Até à volta!!!!
6 comentários:
Gosto de ti desde e até ao teu Lótus... Jóóóóóó
A esta partitura deixo (para já) este breve comentário: sintonia ;)
Bjão gand,
João
P.S. Hum... férias ;)
Olá minha linda... cá estou eu de volta... agora apenas para deixar uma questão... será mesmo esta a "história das histórias"?! Eu acho que conheço outra... mas essa não se encontra em livros... ainda está em construção! Essa história fala de duas "lebres" que pediram ao Universo um "pacote completo"... uma felicidade "inteira", porque ela existe e todos merecem alcançá-la...
Conheces esta?! ;)
Aquele nosso abraço,
João
Esse livro é fofinho (ª.ª)
E eu tambem dei à minha "lebrezinha" :)
Olarecas a todos!:)
Joca... e o amor de amigo que começa e acaba em nós... :)
João... e o amor de namorado... que comigo escreve a história das histórias, pincelada de aventuras, numa felicidade inteira... que todos merecem alcançar, mas que só alguns me parece, nascem com o dom de olhar à volta e vê-la... em nós e nos outros...
Leandro... e o amor de mano... que volta e meia gosta de se fazer duro... mas lá no fundo no fundo... tem uma pequena parte de céu... :)
Joao "Lebre", eu quando quero um pacote completo vou ao Feira Nova que isto do Universo - e eu falo com sabedoria de causa ou nao fosse eu "dona" de um montão deles - ta em crise! Não se da nada a ninguem! eheheheheheh
Miuda Angelical, essa historia deixa em mim uma pontinha de saudades... nem imaginas!
Gosto muito muito mas faz me comichao... Historias! Tambem tenho muitas, sabes? ;-)
Beijinhos para os 2 e boas ferias (na melhor companhia! eheh)
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