sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Será que os gatos têm mesmo 7 vidas?


Pois é, hoje o meu texto vai ser um pouco diferente.
Estava eu muito descansada a ver as notícias quando uma delas me chamou a atenção…não, não foi o valor do barril de petróleo, essa já não me surpreende!
E também não foram os disparates das medidas da Ministra da Educação, para supostamente, promover a estabilidade da carreira dos docentes (tão cheia de boas intenções!).
Foi, nem mais, nem menos, a notícia de uma exposição de um “artolas” da Costa Rica – Guillermo Habacuc Vargas – que na sua exposição decidiu chamar a atenção das pessoas para a hipocrisia do mundo, deixando um cão preso a morrer à fome e sede junto de uma frase colocada na parede, feita de biscoitos para cão que dizia o seguinte: “Tu és aquilo que lês…” (na língua do “animal”, ups, senhor, claro).
Segundo as fontes noticiosas, ninguém fez nada para mudar a situação, deixando o cão morrer.
Eu sei que morrem milhares de cães à fome e sede todos os dias, passamos por muitos e não os alimentamos…No entanto, muitos de nós afirmamos que somos a favor dos direitos dos animais, etc. etc.
Então dirão: “Grande hipócrita me saiu esta tipa!!!”. E eu responderei “não o suficiente para tirar um cão da rua e em vez de lhe dar um tecto, alimentação e cuidados de saúde e higiene, abandoná-lo numa galeria de arte para alertar as pessoas para a sua hipocrisia, e habilitar-me a um prémio de arte”. O cão na rua, retirando restos de comida do lixo aqui e ali, ia sobrevivendo, em liberdade e embora sofrendo, não seria de forma tão violenta como naquela situação.
Sim é verdade, sou contra estas manifestações e quando passo por um cão vadio não pego nele e o trago para casa, para tratar dele… Mas sabem, eu não tenho dinheiro para ajudar os cães… mas também não tenho para investir em arte, porque caso o tivesse, possivelmente investia nos cães abandonados, não para gerar mais dinheiro, mas pensando na saúde pública e na consciencialização das pessoas, e ainda me sobrava algum para fazer qualquer coisa em favor da cultura. E ainda, cuidar dos animais abandonados não deve depender apenas da boa vontade das pessoas, que os recolhem e alimentam. Começa por definir políticas de penalização das pessoas que os abandonam, havendo uma maior fiscalização dos registos dos animais de companhia, como forma de fomentar a responsabilidade dos donos, que devia despontar no momento em que adoptam os animais, pena que assim não seja (peço desculpa se já existe algum tipo de medida que responsabilize os donos dos animais e fui injusta, mas também se existe, não sinto os seus efeitos!).

Mas, o que é que as 7 vidas dos gatos têm a ver com cães?
Pois, à partida nada. Mas quando andava a pesquisar opiniões sobre o assunto do cão em sites de associações amigas dos animais, deparei-me com uma história fantástica no site da Associação dos Amigos dos Animais do Porto.
É sobre uma gata chamada Irmínia, que regressou a casa depois de andar perdida, durante sete anos, devido a um acidente de viação que os donos, emigrantes, tiveram em Espanha quando vinham para as suas férias em Portugal (sim, em vez de abandonar os gatos trouxeram-nos na viagem).
História digna de ser lida! Para isso é só clicar na fotografia da Irmínia.
Vamos alinhar umas pautas...
Bom fim-de-semana!

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sábado, 13 de outubro de 2007

Neste entardecer...

Victor Farat - Gnomos na Floresta
"O amor é
o que faz da distância
um salto de duende."
José Jorge Letria in O Amor o que é?
Umas semanas saltitonas...

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