terça-feira, 24 de julho de 2007

Fadas boas e fadas más

Andava eu à procura de uns poemas de Sophia de Mello Breyner…daqueles que lembram a praia e o mar…quando me deparei com um excerto do livro da mesma escritora – A Fada Oriana – livro que nunca li. Achei tão bonito e simples o excerto que vos deixo com ele.

"Há duas espécies de fadas: as fadas boas e as fadas más. As fadas boas fazem coisas boas e as fadas más fazem coisas más.
As fadas boas regam as flores com orvalho, acendem o lume dos velhos, seguram pelo bibe as crianças que vão cair ao rio, encantam os jardins, dançam no ar, inventam sonhos e, à noite, põem moedas de oiro dentro dos sapatos dos pobres.
As fadas más fazem secar as fontes, apagam a fogueira dos pastores, rasgam a roupa que está ao sol a secar, desencantam os jardins, arreliam as crianças, atormentam os animais e roubam o dinheiro dos pobres.
Quando uma fada boa vê uma árvore morta, com os ramos secos e sem folhas, toca-lhe com a sua varinha de condão e no mesmo instante a árvore cobre-se de folhas, de flores, de frutos e de pássaros a cantar.
Quando uma fada má vê uma árvore cheia de folhas, de flores, de frutos e de pássaros a cantar, toca-lhe com a sua varinha mágica do mau fado, e no mesmo instante um vento gelado arranca as folhas, os frutos apodrecem, as flores murcham e os pássaros caem mortos no chão."

Vamos ser fadas boas!!!
Boa semana!
Saudações rítmicas!

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terça-feira, 17 de julho de 2007

Às vezes somos desafiados...

Cá venho eu responder a um desafio que me foi feito há algum tempo, pela Andreia (http://umcantoescondido.blogspot.com/), cujo título é Desafio 7, talvez porque cada um dos ítens tem sete alíneas...se calhar é isso.
Bem, vou lá então responder:
I – O que tenho de fazer antes de morrer: (o que tenho de fazer antes de morrer é para mim uma frase um pouco forte, gosto mais de pensar no que gostaria de fazer antes de morrer...)
1. Escrever um livro
2. Aprender a tocar piano
3. Construir um lar onde habitem um homem e uma mulher que se amem com os seus filhos (talvez 2), que tenha um pequeno jardim e nas traseiras um pequeno quintal onde cultivar em canteiros geometricamente alinhados, alfaces, cenouras, cebolas, tomates, feijão, ervilhas, etc. um bocadinho de cada
4. Conhecer Portugal de lés a lés e depois vários destinos fora de portas, em especial Veneza
5. Andar de moliceiro na Ria de Aveiro
6. Compor uma música
7. Sentar-me numa cadeira que balance, diante de uma lareira acesa, já velhinha, com netos aos pés de olhos esbugalhados fitos em mim enquanto lhe conto histórias
II – O que mais gosto:
1. Passear de mão dada (só o faço com uma pessoa!)
2. Cantar (com o grupo coral que faço de conta que dirijo, sou cá uma "maestra")
3. Ensinar várias coisas
4. Ouvir música
5. Ler livros (é bom para desenvolver o vocabulário)
6. Sonhar (a dormir ou acordada)
7. Dormir (principalmente de manhã quando tenho de me levantar)
III – Prazeres fúteis:
1. Brincar com o meu cão
2. Pedir beijinhos à minha gata e recebê-los
3. Vegetar no sofá frente à televisão
4. Comer doces (sou completamente viciada!)
5. Ler revistas cor-de-rosa (só pelo prazer da cusquice!)
6. Sempre que se faz um bolo, "limpar" com os dedos a bacia onde bolo é batido, lambendo prazeirosamente os mesmos
7. Jogar jogos na internet, computador etc (não sou viciada, mas gosto de jogar volta e meia...)
IV – Coisas que digo frequentemente:
1. Tobias (nome do meu cão) senta
2. Tobias quieto
3. Que fixe!
4. Gosto de ti (devia dizer ainda mais vezes e a mais pessoas)
5. Já vou
6. Valha-me Deus
7. Devo dizer frequentemente outras coisas das quais de momento não me lembro
V – Coisas que faço bem:
1. Sorrir
2. Mimar
3. Ler
4. Sonhar
5. Comer doces
6. Brincar com o Tobias e dar beijocas à Milki (a minha gata)
7. Passear de mão dada
(Querem ver que não era isto o pretendido?!)
VI – Coisas que não faço ou não sei fazer:
1. Lavar a loiça (sei fazer, faço, mas não gosto!)
2. Tudo o que seja bordar, trabalhos em renda, malha, etc. (não sei, porque nunca senti uma grande vontade para aprender, são trabalhos que não me dão grande prazer, a vir a fazer, só para presentear alguém com algo feito por mim)
3. Trabalhar no campo (desde saber as épocas de semear e colher, passando pelos actos de semear, podar, tratar, etc., mas se quero ter uma pequena horta o melhor é aprender qualquer coisa)
4. Pintar quadros (já me aventurei muito a medo)
5. Cozinhar (só o trivial, ainda não houve um click dentro de mim que me impelisse a querer muito aprender a fazer belos petiscos, espero que a electricidade volte para que o click se dê!)
6. Conduzir
7. Colocar lixo no chão
VII – Coisas que simplesmente odeio:
1. Que me chateiem
2. Pessoas hipócritas (este tipo de pessoas obriga-me indirectamente a ser também hipócrita, e não gosto disso)
3. Que destapem os tachos quando cozinho para ver o que é a comida
4. O barulho que uma pessoa faz ao mastigar de boca aberta
5. Esperar numa fila em determinados serviços públicos
6. Chegar atrasada a algum compromisso
7. Estatutos sociais
E está respondido!
Podia agora eleger mais umas quantas pessoas para responder a este desafio, mas deixo à consideração dos que lêm este espaço, partilharem um pouco de vocês.
Saudações rítmicas!

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terça-feira, 10 de julho de 2007

Quando se sai de casa em busca de bons momentos…

Pois é… foi o que fiz neste fim-de-semana!
Saí de casa, rumo à capital de mochila às costas e uma grande vontade de viver bons momentos…
E o melhor da viagem… não é que os vivi!
Entre uma boa viagem de Intercidades e outra boa viagem de Intercidades partilhei risos e sorrisos, longas caminhadas, em suma… um conjunto de notas soltas que se conjugam de forma harmoniosa, fazendo nascer uma bela melodia!
Conheci o Oceanário de Lisboa, como é o único do país e é de todos, prefiro dizer o Oceanário de Portugal. Perdi-me a olhar para os seres que alheados dos olhares presos aos seus movimentos, passeavam entre rochas e corais… Conheci o Eusébio e a Amália… duas lontras amorosas entre outros bichos interessantes!
Revivi momentos da minha infância ao revisitar o Jardim Zoológico de Lisboa… apaixonei-me por um Leão-marinho que me brindou com um beijo marinho (isto é, com um intenso cheiro a peixe!) e embora a minha companhia tenha dito que superei um medo, não acho que isso tenha deveras acontecido. Mas é verdade, o que nós conseguimos fazer pelas pessoas de quem gostamos, até andar num teleférico (detesto alturas, a sensação de não ter terra firme debaixo dos pés incomoda-me bastante)!
Assisti por duas vezes ao espectáculo dos golfinhos, apeteceu-me tanto mentir e dizer que fazia anos e tinha só para aí uns 12 (deviam cair nisso!) para poder ir mexer neles e dar-lhes uma beijocas! Mas não deu… e fiquei apenas embevecida a olhar para eles, enquanto brincavam com os tratadores…
Ah! Quem gostava de ver o elefante a tocar sineta, ele já não faz isso… é daquelas imagens da nossa infância que é só nossa, estas novas gerações já não têm o privilégio de dar uma moeda ao elefante e vê-lo a tocar o sino!
Fim-de-semana intenso, cansativo, bom… mas extremamente rápido!
Fui em busca de bons momentos… vivi-os… agora estou de volta à cidade encaixada entre o verde das serras, mas também ainda o cinzento de uma floresta em recuperação… De volta aos dias que às vezes parecem tão iguais!

Fica aqui um breve relato de uma música diferente… Cada um pode compô-la ao seu gosto… O que posso dizer é que a matéria-prima é boa! Visitem o Oceanário…(podem fazê-lo em
http://www.oceanario.pt/) também os Parques Zoológicos (como o de Lisboa em http://www.zoo.pt/ ou em Gaia o Parque Biológico http://www.parquebiologico.pt/) cada vez mais preocupados com a adequação das suas instalações às necessidades dos animais… é mais uma forma de tomarmos consciência de que é urgente abrir mentes e de que a biodiversidade embeleza este nosso mundo!

Saudações Sonoras!!

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